domingo, 7 de fevereiro de 2010




Invictus

* Por William Ernst Henley

Do fundo da noite que me envolve,
negra como o Inferno dum pólo ao outro,
eu agradeço aos deuses, não importa quais,
pela minha alma inconquistável.

Dominado pelas circunstâncias,
não me rebelei nem me insurgi.
Sob os golpes do destino
minha cabeça esta ensangüentada, mas não pendida

além deste vale de cóleras e lágrimas
cresce de forma nítida o horror das sombras,
e, no entanto, a ameaça dos anos,
agora e sempre, me encontrou sem temor.

Não importa que estreito seja o portão,
como cheio de castigos e pergaminho,
eu sou o dono do meu destino:
eu sou o comandante da minha alma.

(Tradução de Bezerra de Freitas).

NOTA: Este poema era frequentemente recitado por Nelson Mandela, nos momentos de maior aflição, ao longo dos 27 anos que permaneceu preso por se opor ao “apartheid” na África do Sul. É título do filme dirigido por Clint Eastwood sobre o extraordinário líder negro sul-africano.

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