quarta-feira, 14 de outubro de 2009




O urânio é nosso, e o Greenpeace de quem é?

* Por Seu Pedro

Principalmente para os que tenham nascido antes do ano de 1971, só a partir desse ano conheceram o nome “Greenpeace”. Os que se dedicaram a se aprofundar na história dessa entidade, a reconheceram como “uma multinacional de arrecadação de dinheiro”, distante do propósito que prega.

Em 1970, dois jovens, movidos pela paixão e pela vontade de preservar o Planeta Terra, embarcaram em um navio, em direção ao Alasca, com o objetivo de parar os testes nucleares que, segundo eles, estavam destruindo aquele ecossistema. Estas pessoas eram o Capitão Paul Watson e seu parceiro Robert Hunter. Neste mesmo ano, estas duas personalidades acabariam encabeçando a criação da ONG mais conhecida do mundo, o “Greenpeace”. Sete anos mais tarde, estes dois ambientalistas abandonam a cria. E não à-toa. De acordo com Paul, ela fugiu do propósito.

O Brasil é a sexta reserva um mundial de urânio e, ao que tudo indica, uma das principais reservas financeiras do “Greenpeace”, organização hoje com sede em Amsterdam e 27 delegações regionais em todo o mundo, com presença constante em 41 paises. Estas delegações nacional-regionais são relativamente autônomas na realização de estratégias das campanhas, no contexto local em que funcionam, e na busca de apoios financeiros de doadores para financiar o seu trabalho.

A elaboração e a coordenação dessas estratégias globais é uma tarefa da “Greenpeace Internacional”, que coordena as campanhas em todo o mundo e o acompanhamento do desenvolvimento e do desempenho dessas delegações nacionais e regionais. Também estas delegações estão firmemente enraizadas nas comunidades ambientalistas locais em todo o mundo. São elas que fazem o contacto direto com o público, por telefone ou e-mail. Fica reservado à “Greenpeace Internacional” manter contato com os apoiadores e doadores dos países que não têm delegações.

Para entender o que está por trás dessa organização, no entanto, é preciso sair do Brasil e voltar no tempo. Esse grupo era formado por 12 pessoas, que saíram em num barquinho e foram até a área onde seriam feitos os testes, para protestar. Ou seja, a "arma" deles era o testemunho ocular.

Usaram essa tática, que hoje é uma característica fundamental da organização. Parte desses imigrantes ingleses, que fundaram o “Greenpeace”, pertencia à religião Quaker – os Tremedores.. Há quem diga que o princípio de que "na presença de outros, as pessoas se sentem intimidadas e não cometem atitudes negativas", tem forte raiz nessa religião.

Assim, o “Greenpeace”, teria apenas “redescoberto uma metodologia que existe desde os tempos de Gandhi”, afirmou certa ocasião Frank Guggenheim, diretor executivo da organização no Brasil. Além das doações civis, posto que para não fugir dos princípios de protetora da ecologia, e ter liberdade de grito em suas ações, não recebe doações de pessoas jurídicas. Estas ela aceita pela comercialização de sua marca em produtos, a exemplo do “Cartão Greenpeace Unicard”, do Unibanco.

Enquanto brigam contra o urânio, como aconteceu na Bahia, sempre aguçam nossas lembranças sobre as “bombas atômicas”, artefatos de idéia remota no Brasil. Eles, em contrapartida, atacam os desavisados, com ”bombas mentais”, gerando pânico. Esse conceito trabalha com a utilização de ações espetaculares que possam se utilizar da lógica dos meios de comunicação. E os jornalistas amantes do sensacionalismo, ou os não patriotas, navegam nas ondas do “Greenpeace”.

Por que nossos repórteres esquecem que é uma entidade dos “gringos”? O urânio é nosso, uma riqueza que Deus concedeu ao nosso solo, tal qual o ouro, a prata, o ferro e outros bens minerais. Seria desprezar esse bem, não o utilizando para gerar energia elétrica, e ai sim haveria uma destruição ambiental de grandes proporções, derrubando matas para funcionar geradores nas usinas termoelétricas. Há realmente boas e válidas propostas no “Greenpeace”, mas também apresentadas por defensores ambientalistas que mais distribuem a consciência ambiental do que arrecadam o vil metal.

Vale terminar com a tradução do que diz o Capitão Paul Watson, o principal fundador da instituição: “O Greenpeace faz mais dinheiro com a campanha contra a caça à baleia do que a Noruega e Islândia juntas o fazem por realizarem esta caça. Em ambos os casos, as baleias morrem e alguém lucra com isso. Continuamos a receber informações de pessoas que têm recebido apelos da ‘Greenpeace’, altamente emocionais, para darem dinheiro para salvação das baleias, incluindo dinheiro para abastecer o seu navio com óleo diesel. Isto é simplesmente uma fraude descarada”.

Ainda vale relembrar um dos maiores ecologista do Mundo, o cineasta islandês Magnus Gudmundsson, que em entrevista concedida à revista Veja, em 4 de maio de 1994, sustenta que o Greenpeace tem uma outra face. Seria, na verdade, máquina de fazer dinheiro, uma espécie de grande multinacional. Imagino eu que seja um “Mac Donald da Ecologia”, que distribui franquias pelo mundo afora. Não têm Papa, e menos ainda os ensinos de Edir Macedo, mas sabem bem correr a sacolinha!

* Seu Pedro é o jornalista Pedro Diedrichs, editor do jornal Vanguarda, de Guanambi, Bahia.

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