
Elogios e críticas
O escritor (salvo exceções) é, via de regra, um sujeito muito sensível. Pudera! Lida, o tempo todo, com as mais contraditórias emoções e variados sentimentos. Por mais que tente ser isento, acaba contaminado por essa enxurrada emocional. Daí, ser sumamente sensível às críticas e aos elogios.
Se você quiser ser amigo de um escritor, avalie o que ele escreve com critério e moderação. Ao criticá-lo, faça-o com respeito e, sobretudo, objetividade, apontando com exatidão as falhas que cometeu, sem generalizações. Mas saiba elogiar o que for elogiável. Se fizer isso, contará com sua eterna amizade. Caso contrário...
Há pessoas incapazes de elogiar o que e quem quer que seja. Assumem a postura de árbitros da correção e do bom-gosto e saem por aí dando bordoadas vocabulares em tudo e em todos. Devem ter algum (ou muitos) problema psicológico e precisam se auto-afirmar, às custas da depreciação alheia. Quando questionadas, estas pessoas argumentam, a título de desculpa, que os elogios “estragam”. Esquecem-se que as críticas inoportunas e fora do contexto têm efeito muito mais desastroso.
Quem age dessa forma dize, quase sempre, que elogiar alguém na sua presença é hipocrisia. Ocorre que criticar o que não é criticável também é. Ou seja, trata-se de um ato frívolo, anti-social e de falsidade também. Nessas circunstâncias, quando não houver o que elogiar e nem o que criticar, a atitude mais honesta e desejável é manter a boca fechada. Para “não entrar mosquito”..
Se você, por exemplo, fizer críticas, sem a devida fundamentação, àquilo que todos considerem merecedor de elogios, essa atitude se voltará, apenas, contra você. Seu bom-gosto, cultura e senso estético serão questionados e postos em xeque. Isso, além de você aborrecer quem criticou e se arriscar a fazer um feroz inimigo. É verdade que, se elogiar, descaradamente, o que for sofrível, também se verá em má situação. Seu elogio ou será encarado como uma ironia, ou será motivo de risos e chacotas, fazendo-o cair em ridículo.
O elogio pode, eventualmente, “estragar” alguém, mas só se for constante e generalizado. Se quem o faz não tiver coragem ou discernimento para também fazer críticas pertinentes, é melhor que se cale. Suas opiniões não terão credibilidade. Mas se não se calar, o eventual “estrago” que vier a causar será infinitamente menor do que o do crítico contumaz e irresponsável.
Li, recentemente, uma observação de um escritor (não lembro qual) que diz: “Alimento-me um dia todo com um bom elogio”. Eu também. Se vier em um momento oportuno, após um trabalho cansativo e prolongado, mas levado a bom-termo, terá um valor tão grande, que dinheiro algum no mundo se lhe comparará.
Boa leitura.
O Editor.
O escritor (salvo exceções) é, via de regra, um sujeito muito sensível. Pudera! Lida, o tempo todo, com as mais contraditórias emoções e variados sentimentos. Por mais que tente ser isento, acaba contaminado por essa enxurrada emocional. Daí, ser sumamente sensível às críticas e aos elogios.
Se você quiser ser amigo de um escritor, avalie o que ele escreve com critério e moderação. Ao criticá-lo, faça-o com respeito e, sobretudo, objetividade, apontando com exatidão as falhas que cometeu, sem generalizações. Mas saiba elogiar o que for elogiável. Se fizer isso, contará com sua eterna amizade. Caso contrário...
Há pessoas incapazes de elogiar o que e quem quer que seja. Assumem a postura de árbitros da correção e do bom-gosto e saem por aí dando bordoadas vocabulares em tudo e em todos. Devem ter algum (ou muitos) problema psicológico e precisam se auto-afirmar, às custas da depreciação alheia. Quando questionadas, estas pessoas argumentam, a título de desculpa, que os elogios “estragam”. Esquecem-se que as críticas inoportunas e fora do contexto têm efeito muito mais desastroso.
Quem age dessa forma dize, quase sempre, que elogiar alguém na sua presença é hipocrisia. Ocorre que criticar o que não é criticável também é. Ou seja, trata-se de um ato frívolo, anti-social e de falsidade também. Nessas circunstâncias, quando não houver o que elogiar e nem o que criticar, a atitude mais honesta e desejável é manter a boca fechada. Para “não entrar mosquito”..
Se você, por exemplo, fizer críticas, sem a devida fundamentação, àquilo que todos considerem merecedor de elogios, essa atitude se voltará, apenas, contra você. Seu bom-gosto, cultura e senso estético serão questionados e postos em xeque. Isso, além de você aborrecer quem criticou e se arriscar a fazer um feroz inimigo. É verdade que, se elogiar, descaradamente, o que for sofrível, também se verá em má situação. Seu elogio ou será encarado como uma ironia, ou será motivo de risos e chacotas, fazendo-o cair em ridículo.
O elogio pode, eventualmente, “estragar” alguém, mas só se for constante e generalizado. Se quem o faz não tiver coragem ou discernimento para também fazer críticas pertinentes, é melhor que se cale. Suas opiniões não terão credibilidade. Mas se não se calar, o eventual “estrago” que vier a causar será infinitamente menor do que o do crítico contumaz e irresponsável.
Li, recentemente, uma observação de um escritor (não lembro qual) que diz: “Alimento-me um dia todo com um bom elogio”. Eu também. Se vier em um momento oportuno, após um trabalho cansativo e prolongado, mas levado a bom-termo, terá um valor tão grande, que dinheiro algum no mundo se lhe comparará.
Boa leitura.
O Editor.
Após lerem isso, alguns terão ainda mais receio de comentar do que antes. Tenho em mente nunca deixar de elogiar, desde que de forma sincera. Carrego isso comigo há algum tempo. Quando há algum defeito, do meu ponto de vista,falo também, porém com muito respeito e cuidado, já que as letras não têm entonação, e são mais sujeitas a erro de interpretação.
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