Para
onde vão as flores mortas
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Por Osvaldo Heinze
Bem sei da morte da flor: quanto suas cores descolorem; caem as pétalas uma a uma; espalha o pólen ao vento; seu caule fica vazio. Mas o que aguça minha curiosidade é: para onde vai sua essência, essa força de inebriante fragrância, que em respirando quase prevejo o verdadeiro formato da flor?! Não esse corriqueiro, tão já sabido, mas essa forma indizível de luz, que mora nos confins do desconhecido e me é lenitivo para a alma, fazendo-me crer que o bem existe. Que poder é esse, flor abençoada, que ao cheirá-la me roubas daqui, mantendo-me voando leve, livre, pois que teu existir corre docemente por meus pulmões, coração e mente, quase me revelando o mundo aonde vive essa tua alma de plenitude e eternidade.
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Poeta, escritor e artista plástico.
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