Barriga
errante
*
Por Eduardo Oliveira Freire
Essa
é a história da minha barriga.
Deseja
a liberdade plena. Revolta-se, quando coloco o cinto na calça.
Sente-se estrangulada e se estufa ao máximo, até ceder o cinto.
Ela
quer ser dona dela mesma. Eu a reprimo.
Gosto
dela, porém, não posso permitir, que ela se revolte contra mim.
Tento
dominá-la. Ela resiste. É uma guerra silenciosa e cruel.
A
paz dessa batalha, talvez, só irá acontecer, quando nós dois
morrermos.
Ou
não, nossos espíritos continuarão a lutar.
*
Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural
e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
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