Veneno
*
Por Ademir Demarchi
O
veneno circula pelas veias
injetando
os olhos
e
repelindo o corpo.
Cada
órgão,
pedaços
em busca de caminho,
esboçando
explosões inúteis que desejam dissipação.
A
sensação degradada do estilhaço sem cor .
O
último poema uma palavra apenas
que
se encaixa na terra e no vazio do papel.
A
voz quando a palavra não há.
* Doutor em Literatura
Brasileira e editor da Revista Babel
Nenhum comentário:
Postar um comentário