Azuis
puros
* Por
Rubens da Cunha
o mundo inunda-se imaturo
é como se fosse um palco
tenro
de ruínas irmãs e imundas
de ruínas irmãs e imundas
são
casas espraiadas nos avessos
praias e presépios ao vento
praias e presépios ao vento
carnavais
e canaviais
feitos em doçuras dançantes
feitos em doçuras dançantes
em
contornos e entornos
de carne e sombra
de carne e sombra
o mundo é
uma fístula aberta
nesses azuis puros demais
nesses azuis puros demais
*
Poeta.
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