Os amigos de verdade
* Por
Eduardo Góis
De vez em quando me deparo
pensando como os amigos são importantes na vida das pessoas.
Principalmente em casos onde a amizade ocorre pra preencher espaços
vazios relacionados ao convívio com a família. Seja por estar longe
ou pela correria desses tempos modernos.
A amizade é algo muito
bonito. Quando verdadeira e intensa é maior que um namoro ou
casamento, porque dura mais, hoje em dia. Ela se confirma com o
tempo, tira prova com a distância e com o passar dos anos a dúvida
vem lhe perguntar se você ama mais seus amigos de verdade ou seus
irmãos, pois eles foram escolhidos. Porém não é tão fácil. É
como uma escada que você sobe degrau por degrau até chegar no
final.
Quem ler isto pensa que estou
descontente com a família ou estou valorizando mais os amigos. Não
é isso, pelo contrário. Meus familiares são responsáveis pelo que
eu sou, minhas atitudes, minha formação, personalidade e meu
caráter. Sou muito grato, porém estou longe. Quem me conforta nesse
momento? São eles, os amigos, mas não todos, só os “amigos
irmãos”, os quais, hoje, não consigo diferenciar dos meus irmãos
de sangue.
Sou um desses que valorizam a
união, o amor entre as pessoas, as demonstrações de carinho e
afeto, uma resposta não para o próprio bem e até os puxões de
orelha nas horas de erratas.
Uma boa amizade é legal,
mesmo, quando um tem algo a acrescentar na vida do outro. Isso faz
com que a vida das pessoas se completem, faz a gente se sentir bem,
com espírito leve, mais disposição pra enfrentar a vida, mais
equilíbrio. Quem não tem ninguém pra ser aquela mão que o leva
pra frente não tem nada. É sozinho no mundo e infeliz. Amizades que
tenham explicações diferentes dessa não são amizades, e sim,
superficialidade, fingimento ou até falsidade. São como um copo
descartável, que você usa uma vez, quando precisa, e joga fora.
Amigo é aquele que você
aprende a amar aturando os defeitos, que se gosta sem interesse,
alguém que se torna indispensável e, acima de tudo, que você ame
como um irmão.
Hoje, eu sou feliz, pois tenho
amigos que são como irmãos, que posso confiar, contar segredos e
que me defendem como um pai e uma mãe, que me dão força pra
continuar naqueles dias que a gente se sente como se nada mais
valesse a pena.
* Jornalista
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