Deveras
* Por Núbia Araújo Nonato do Amaral
A mulher já nasceu com débito.
Seu ônus: o pecado original.
O homem, tão inocente,
à sua lábia se rendeu.
Com mãos ardilosas
a mulher o guiou,
a ao calor do seu sexo
ele se entregou.
Deus bramiu, rugiu, bufou!
“Mulher pecadora,
mulher sem valor.
A ti Eu reservo as
dores do mundo,
as lágrimas, as culpas,
um poço sem fundo!
Ao homem, entretanto,
perdoo seu erro,
tu vais governar
de mim és herdeiro”.
Eis que o tempo passa
e a mulher, sem valor,
é a que gera, que cuida
que planta o amor;
mulher que chora seus filhos
perdidos, que luta pelos sonhos
já tão esquecidos…;
não curva, não cai
e ainda carrega em seu colo
o filho do Pai...
* Por Núbia Araújo Nonato do Amaral
A mulher já nasceu com débito.
Seu ônus: o pecado original.
O homem, tão inocente,
à sua lábia se rendeu.
Com mãos ardilosas
a mulher o guiou,
a ao calor do seu sexo
ele se entregou.
Deus bramiu, rugiu, bufou!
“Mulher pecadora,
mulher sem valor.
A ti Eu reservo as
dores do mundo,
as lágrimas, as culpas,
um poço sem fundo!
Ao homem, entretanto,
perdoo seu erro,
tu vais governar
de mim és herdeiro”.
Eis que o tempo passa
e a mulher, sem valor,
é a que gera, que cuida
que planta o amor;
mulher que chora seus filhos
perdidos, que luta pelos sonhos
já tão esquecidos…;
não curva, não cai
e ainda carrega em seu colo
o filho do Pai...
*
Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário
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