Vidas
secas
* Por
Alberto Cohen
Os
caminhos são tantos e as escolhas
espreitam por detrás da covardia,
com uns olhos sedentos de horizonte
que só termina onde principia.
E os pés, que não deixam mais pegadas,
conheciam de cor, mas esqueceram
os rumos de grotões, encruzilhadas,
e o arame farpado das mentiras.
É um tempo de secas e queimadas,
de pôr o pôr-do-sol além dos muros,
fazer de conta que virão bons tempos,
depois de pranto, rezas e esconjuros.
Aqui reside a placidez forjada,
aqui preside essa aridez disforme,
aqui decide o grito do calado
e do morto a fingir que apenas dorme.
espreitam por detrás da covardia,
com uns olhos sedentos de horizonte
que só termina onde principia.
E os pés, que não deixam mais pegadas,
conheciam de cor, mas esqueceram
os rumos de grotões, encruzilhadas,
e o arame farpado das mentiras.
É um tempo de secas e queimadas,
de pôr o pôr-do-sol além dos muros,
fazer de conta que virão bons tempos,
depois de pranto, rezas e esconjuros.
Aqui reside a placidez forjada,
aqui preside essa aridez disforme,
aqui decide o grito do calado
e do morto a fingir que apenas dorme.
*
Poeta paraense.
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