Túnel
do tempo
* Por
Alberto Cohen
Existe
uma presença no silêncio
de coisas que não querem ser lembradas
e vultos espalhados pelas sombras
do casarão de luzes sem idade.
Uma surpresa, um grito, uma risada,
são pedaços do enredo que flutua
no emaranhado de teias de aranha
das semi-descobertas do passado.
Envoltas em cortinas maltrapilhas,
as emoções ariscas de outro tempo
invadem rachaduras de paredes
e perdem-se no fim dos corredores.
A sala empoeirada guarda ainda
pegadas invisíveis de crianças,
inexistentes velas coloridas
e parabéns de algum aniversário.
Por que, meu Deus, fui descerrar a porta
que deveria estar sempre fechada…
de coisas que não querem ser lembradas
e vultos espalhados pelas sombras
do casarão de luzes sem idade.
Uma surpresa, um grito, uma risada,
são pedaços do enredo que flutua
no emaranhado de teias de aranha
das semi-descobertas do passado.
Envoltas em cortinas maltrapilhas,
as emoções ariscas de outro tempo
invadem rachaduras de paredes
e perdem-se no fim dos corredores.
A sala empoeirada guarda ainda
pegadas invisíveis de crianças,
inexistentes velas coloridas
e parabéns de algum aniversário.
Por que, meu Deus, fui descerrar a porta
que deveria estar sempre fechada…
Do livro "Menino das Samaúmas"
*
Poeta paraense.
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