A
nudez do poeta
* Por
Talis Andrade
Os
reis e ditadores aparecem nus e acreditam que ostentam ricas vestes
de gala. Os poetas buscam a nudez da alma e do corpo. Esta busca de
autoconhecimento transforma-se em poemas. Poemas que desnudam. Uma
nudez mística.
O
horror de Cristo na solidão no horto de Getsêmani. O corpo suando
sangue. Ou nu na cruz. Qual a visão do mundo de Jesus?
O
horror de ver escandaliza os jornalistas investigativos. Torna-se
prazer sádico dos policiais. O máximo que conseguem são
testemunhais. Faltam os olhos d’alma.
Justinus
Kerner, em 1857, com suas “klecksogrhafies” imaginou ter
contatado o mundo dos espíritos.
*
Jornalista,
poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em
História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como
a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do
Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A
República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o
recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).
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