A
estupidez neofascista e a ignorância quanto à defesa do território
brasileiro
* Por
Bruno Lima Rocha
Uma
polêmica contemporânea nas correntes à esquerda do governo que
fora destituído em um golpe parlamentar com apelido de impeachment é
o avanço da direita herdeira da linha dura, ao menos no discurso.
Parece
um pesadelo de distopia, mas é o reflexo de dois fatores
consequentes. O primeiro é o entulho autoritário, herdeiro e
desenvolvido durante e após a ditadura, cuja presença é permanente
na base da pirâmide social brasileira, assegurando os índices
absurdos de violência, com recordes de execução extrajudicial. O
fator subsequente é a inserção de instituições sociais que
reforçam este sistema de crenças, incluindo as empresas de
exploração da fé (“igrejas” neopentecostais), o senso comum
contra os direitos humanos e a sedimentação da imagem de um
parlamentar reconhecido por defender posições antes inconfessáveis.
Sim,
a direita mais asquerosa saiu do armário e tenta fazer tese e
programa de bandeiras indignas e seguramente antes proferidas nas
masmorras e porões de tortura.
*
Professor
de relações internacionais e de ciência política.
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