Alma
penada
* Por
Talis Andrade
Por
que este pressentimento
de morte não se afasta
Estranha inimiga em constante tocaia
a morte está dentro e fora do nosso corpo
de morte não se afasta
Estranha inimiga em constante tocaia
a morte está dentro e fora do nosso corpo
Será
a morte uma amiga cuja ajuda se pede
quando já não se suporta a dor
que flagela o corpo
a dor que atormenta a alma
quando já não se suporta a dor
que flagela o corpo
a dor que atormenta a alma
Este
pressentimento de morte próxima
será apenas o medo do que está além
da porta fechada
por ilusória segurança
Por que o medo
se jamais veremos a morte
se as mãos frias
nos fecham os olhos
Nunca mais um dia de sol
será apenas o medo do que está além
da porta fechada
por ilusória segurança
Por que o medo
se jamais veremos a morte
se as mãos frias
nos fecham os olhos
Nunca mais um dia de sol
Quantas
oportunidades perdidas
de caminhar pela praia
pelos jardins
pelos vales verdejantes
Nunca mais a contemplação dos lírios no campo
de caminhar pela praia
pelos jardins
pelos vales verdejantes
Nunca mais a contemplação dos lírios no campo
Que
valem estas flores que me jogam no caixão
que desce na cova rasa para ser coberto de terra
Terra que é posse
Meu único chão
até que reine a putrefação
Terra que…
que desce na cova rasa para ser coberto de terra
Terra que é posse
Meu único chão
até que reine a putrefação
Terra que…
*
Jornalista,
poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em
História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como
a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do
Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A
República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o
recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).
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