Poema burro número 5
* Por Ronaldo Bressane
A poesia
não está no poema,
poetas não
entendem nada.
Uma noite,
num boteco o neobeat cruza o neoparnasiano
e unidos
organizam uma armadilha contra o neoconcreto,
que já se
havia mancomunado com o neodrummondiano
para
derrubar o neoárcade e o neo-romântico, aliás colega
do
neo-surrealista, um pró neocabralino anti neopop que,
por sua
vez, só quer saber de comer a musa do neobeat.
Do lado de
fora, ali na esquina,
o banguela
coça o olho do cu
e pincela
na velha vitrine:
a poesia
não está no poema,
poetas não valem nada.
*
Ronaldo Bressane é escritor (Céu de Lúcifer) e redator-chefe da revista Trip (www.trip.com.br); seu blog é o Impostor
(impostor.wordpress.com).
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