Dos sentidos
* Por
Glória Salles
Lanço-me alucinada nos braços da poesia
Prontamente a palavra acesa me abraça
Vultosas quantias de sentenças propícias
Arrancam-me do pantanoso chão da inércia
Impetuosa, rabisco qualquer bobagem crua.
Relatos alucinados desta artéria dilatada
Metáforas colhidas no chão da memória
Golpe afetivo que saturou o olhar ausente
Porem os versos vagam por maré qualquer.
Motivados pelo apelo azul de outras praias
Querem fecundar o sonho noutras paragens
Ganhar o céu, nas asas de famintas gaivotas.
Fico, envolta no lençol púrpura desse ocaso.
No fugitivo instante que o silencio oferta...
*
Poetisa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário