O
estranho
* Por Alexandre
Marino
Não
passas de um intruso nesta manhã de sol,
mesmo que mil olhos abandonem os espelhos
e se acerquem de teu desespero inominado.
mesmo que mil olhos abandonem os espelhos
e se acerquem de teu desespero inominado.
Inóspito
é o mundo a construir-se à tua volta.
São anticorpos a expulsar o objeto estranho
porque todos os tempos são indecifráveis.
São anticorpos a expulsar o objeto estranho
porque todos os tempos são indecifráveis.
Entregam-te
o caos para que o ordenes,
o circo onde duelam felicidades e tragédias,
destroços de vidas para que as reconstruas.
o circo onde duelam felicidades e tragédias,
destroços de vidas para que as reconstruas.
Não
há volta ou refúgios para a viagem,
mas um horizonte trancado a chave.
Ali interromperam a tua eternidade.
mas um horizonte trancado a chave.
Ali interromperam a tua eternidade.
* Jornalista e poeta residente em
Brasília, onde trabalha na Assessoria de Comunicação Social do Ministério de
Educação. Autor dos livros “Poemas por amor”, “Arqueolhar”, “O delírio dos
búzios”, “Todas as tempestades” e “Os operários da palavra”.
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