Amor insano
* Por
Débora Vilela Petrin
Parece que a minha alma,
Certas horas gruda em você
Como borracha e cola
Na combinação exata
De um amor insano.
Sem emendas paralelas,
Com tijolos e madeiras de pinho
Arma-se uma tenda urbana
Flores de jasmim reparam as arestas.
No perfume cítrico faz-se amor,
Diante da fumaça de velas
Na composição da sonata
Surgem flautas douradas.
O som se espalha nos corpos,
De alma espelhada
Em ritmo pacificador,
Blocos oxidáveis fecham os poros.
Toques rebeldes anseiam,
O cantar do bem-te-vi
Emergente do ébrio
Pousa seu hino aos amantes perturbados.
*
Poetisa e escritora, natural de Piracicaba
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