Petrolina e os Coelho
* Por
José Calvino
Em conversação quando
vivo com o escritor-sertanejo Geraldo Tenório Aoun, sobre Petrolina, com o
admirável progresso daquele município sertanejo. Terras de pecuária, por
excelência, não fica muito distante da região onde campeava o jagunço,
salteador de vilas e cidades, no dizer de Euclides da Cunha: "A pátria dos
homens mais valentes e mais inúteis do Brasil".
O coronel Clementino
Fernandes Coelho, duas vezes subprefeito, era proprietário, no começo do
século, de um armazém de tecidos, cereais etc., originando-se daquele
empreendimento o formidável Grupo Coelho. Clementino de Souza Coelho, filho do
antecedente, historicamente conhecido como Coronel Quelé, foi um exemplar pai
de família, reunia ainda em sua pessoa as virtudes de varão de indiscutível probidade,
invejável tirocínio político, aliado a uma não menos apreciável visão
empresarial.
Ele e sua esposa, D.
Josefa, geraram um elenco de gigantes que, como outros tantos Midas, pareciam
transformar em ouro tudo aquilo em que tocavam. Como se contagiada pelo exemplo
dos filhos empreendedores, a cidadezinha cresceu e agigantou-se, alcançando um
nível de progresso capaz de causar inveja até mesmo a algumas capitais
nordestinas. Os alentados descendentes do Coronel Quelé têm apresentado, no
mundo da política, uma performance à altura do seu desempenho nas atividades
econômicas e de maneira simultânea, o que, por certo, vem refletir de forma
positiva, em ambos os segmentos.
Eles são e foram:
prefeitos, deputados, senador, governadores e o ex-secretário de Desenvolvimento
Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho, nomeado ministro da
Integração Nacional pela presidenta Dilma Rousseff. Tudo isso põe em evidência
o fato de que os homens empreendedores existem para domar as adversidades e não
para serem vencidos por elas.
*Escritor,
poeta e teatrólogo pernambucano.Vejam e sigam Fiteiro Cultural: Um blog cheio
de observações e reminiscências – http://josecalvino.blogspot.com/
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