segunda-feira, 16 de maio de 2016

O mar de Olinda e o sorveteiro

* Por Talis Andrade


Para Karina


Quando minha filha era uma criança de pé
caminhávamos pela praia
Os pequeninos pés na areia macia
as ondas vinham beijar

Ensinei o mar não possui dono é de graça
a gente não precisa trazer dinheiro
Nunca esqueci a resposta
– Pai tem o sorveteiro

Certa vez me surpreendi com a pergunta
– Pai quem é Freud
mamãe vive falando dele
A mãe estudava Psicologia

Os filhos não deviam crescer nunca
a razão dos pais tratá-los como criança
principalmente quando filha única.

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).



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