Da minha cidade
* Por
Clóvis Campêlo
Da minha cidade vejo quanto do mundo se pode ver os
reflexos...
Por isso a minha cidade é tão imensa como outra
aglomeração qualquer
Porque eu sou do tamanho do que invento
E não do tamanho da minha pequenez...
Nas metrópoles a vida é mais pequena
Que aqui na minha cidade nessa planície aluvional.
Na metrópole os grandes prédios fecham a visão do
horizonte,
Escondem os céus, impedem o nosso olhar para além
do infinito,
Tornam-nos diminutos porque nos roubam o que os
nossos olhos
nos podem dar
E a nossa mente imaginar,
E tornam-nos insignificantes porque a nossa única riqueza
é ver e sonhar.
*
Poeta, jornalista e radialista.
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