Publique agora!
* Por
Gustavo do Carmo
Só fazia dez minutos
que ele estava ali. Mas parecia que já tinham passado duas horas. A fila para
retirar o crachá de identificação e acesso ao moderno arranha-céu no Centro da
cidade não andava. O vento do mar aterrado vinha forte. Ele não conseguia
respirar. Seus ouvidos chegavam a doer.
Para alívio de Edgar,
cinco minutos depois, chegou a sua vez de se identificar. Mostrou a identidade,
o CPF, olhou uma webcam para registrar a sua imagem no servidor da portaria e
enfim foi autorizado a entrar no hall do prédio. Um hall luxuoso, aliás. Com
muito granito nas paredes, piso de mármore, vidro e detalhes em alumínio.
Teve tempo para
observar porque precisou esperar mais cinco minutos na fila para o acesso ao
elevador. Eram seis. Entrou na cabine do meio, mais para a esquerda. Pediu o vigésimo
andar para o ascensorista.
O elevador estava
cheio. Era impossível ver todo mundo que estava com ele. Fixou sua atenção
apenas em um jovem e tímido rapaz negro, de óculos fundo de garrafa. Uma
senhora gorda que falava em voz alta para a amiga que tinha problemas
cardíacos. E um menino de aparentes cinco anos que queria mexer nos botões do
elevador, mas era impedido carinhosamente pelo idoso e cansado ascensorista.
A criança insistia:
— Ah, deixa?
A mãe ralhava:
— Arthur Vítor! Qual a
parte do deixa o moço em paz que você não entendeu?
Uma tela de LCD
mostrava notícias como o novo ministério do segundo mandato da presidente, da
atriz que assumiu romance com um empresário mexicano, da nova contratação do
Corinthians e da alta do dólar. Chegou o seu andar.
Edgar saiu do elevador
e logo avistou a suntuosa sede da editora de livros onde pretendia publicar o
seu livro de contos. Ou melhor, republicar. A primeira que publicou o sabotou:
entregou o convite apenas na véspera do lançamento (e mesmo assim porque ele
foi buscar), não catalogou o livro, não registrou o código de barras, não
revisou direito, sequer divulgou, colocou-o no arquivo do site logo no segundo
dia após o lançamento e o site ainda estava com vírus.
O resultado? Só
apareceram seus parentes, ele ficou impedido de distribuir em grandes livrarias
(a editora ainda o escondeu em sua sede sem identificação na Lapa e obviamente
também não distribuiu) e o livro foi um fracasso.
Apesar da grandeza, a
editora só ocupava duas salas do luxuoso edifício. Mesmo assim, a decoração era
de igual refinamento. Edgar demorou para
encontrar o portão de vidro. Precisou tocar o interfone para a porta ser
aberta.
Entrou e encontrou, na
recepção, uma senhora loura, de uns cinquenta anos, atrás de uma bancada de
madeira trabalhada. Ele retirou da sua pasta preta o calhamaço encadernado em
espiral na papelaria do bairro de subúrbio onde mora e se anunciou:
— Boa tarde. Eu queria
deixar esses originais para avaliação.
Com muita pouca
vontade, cara amarrada, a recepcionista pegou a encadernação com desdém. Só
faltou pegar com uma pinça para não sujar a mão. Ela disse com a sua voz
anasalada:
— Espere um minuto que
eu vou entregar para o editor.
Levantou-se
abruptamente da cadeira. Antes de entrar em uma porta de alumínio polido,
contrastando com o papel de parede em tom pastel personalizado, com a logomarca
da editora, abriu a porta automática de vidro para o jovem negro e tímido que
estava no elevador com Edgar.
O rapaz também
entregou um calhamaço igualmente encadernado em papelaria. Repetiu as palavras de
Edgar:
— Boa tarde. Eu queria
deixar esses originais para avaliação.
Com a mesma falta de
vontade, ainda de cara amarrada, a recepcionista pegou a segunda encadernação
com o mesmo nojo. Repetiu o que havia dito:
— Vou entregar os
originais de vocês para o editor.
Os sofás de espera
eram de couro preto e havia livros da editora à disposição para aqueles que
aguardavam. Edgar e o rapaz sentaram-se em um deles, que tinham três lugares
cada.
Edgar pegou um dos
livros e leu a sinopse. Era um romance adolescente sobre vampiros. Odiava esse
assunto. Devolveu-o imediatamente à mesa de cabeceira, mas o seu colega de
aspiração lhe pediu.
Perto da porta havia um cartaz em tamanho
natural da série de livros de um famoso bruxo, escrito por uma inglesa. Na
parede, a foto de uma escritora e atriz brasileira, famosa por seus romances
policiais.
Mesmo se gostasse,
Edgar não conseguiria ler o romance dos vampiros, pois quatro moças, sentadas
no sofá perpendicular ao dele, conversavam alto sobre o teste de estágio que
tinham feito na semana anterior. As
quatro eram bonitas, mesmo uma sendo gorda. Eram duas morenas, uma ruiva e uma
loura, que era a gordinha. Edgar já começava a demonstrar impaciência.
O jovem rapaz, ao
contrário, conseguia ler o livro com vontade. Mas parou a leitura para tentar
vencer a sua timidez e puxar assunto com Edgar.
— Eu vi que você
também está tentando publicar um livro. É sobre o quê?
— É uma coletânea de
contos de terror. E o seu?
— É um romance
ambientado numa UPP numa favela. Eu tinha escrito um roteiro e tentei entregar
para um famoso cineasta babaca, que além de me acusar de perseguição ficou
debochando do meu texto na imprensa. Eu só estava correndo atrás do meu
objetivo, como sempre me mandam fazer.
— Essa gente só produz
e publica os trabalhos dos amigos. Quer apostar que eles vão negar os nossos
livros?
— Pelo menos a gente
está tentando, né? Comentou o jovem
negro, resignado.
— Ah, mas um dia isso
tem que acabar.
Sem graça, o jovem
perguntou o nome do homem com quem conversava.
— É Edgar Alan Pontes.
Um dia você vai ouvir falar muito sobre mim. Ele estendeu a mão.
— Prazer, Wesley dos
Santos.
Enquanto os dois apertaram
as mãos, a recepcionista loura, com cara amarrada, voltou à recepção batendo a
porta e dizendo para uma das meninas.
— O chefe mandou a
Luana entrar.
A morena de seios e
ancas grandes se animou e foi em direção à porta de alumínio sob desejos de boa
sorte das amigas.
— Quanto a vocês — a
recepcionista continuou com a mesma carranca — o editor não aprovou o romance do
Wesley e mandou dizer que a editora não publica contos.
A expectativa deu
lugar à decepção em Wesley, que se levantou para pegar a sua encadernação e ir
embora. Revoltado, Edgar contestou:
— Como assim, não
publica contos? Acabei de ver um livro de contos daquela mesma escritora ali!
Disse, apontando para o quadro da moça morena na parede.
— Mas ela é nossa
contratada. Ela pode.
— E nós não podemos?
Vocês não podem contratar a gente? Só contratam os amigos e a amante do editor?
Ele, aliás, sequer leu o livro do Wesley.
Antes de se encaminhar
à porta, Wesley tocou de leve o ombro do novo amigo e tentou dissuadi-lo.
— Deixa isso pra lá,
cara. Vamos embora.
— Espera aí!
Bloqueou-o, segurando pelos seus braços.
Até então, a
recepcionista mal-humorada ouviu em silêncio as indagações de Edgar, que
começava a se exaltar, reagiu.
— Olha, se o senhor
não se retirar daqui eu vou chamar a polícia.
— Pode chamar! Pode
chamar! Eles vão saber que eu tenho uma bomba aqui! Gritou.
Edgar levantou a
camisa e mostrou um cinto que parecia conter diversos artefatos explosivos. As
três moças gritaram. A ruiva magrinha urinou no chão de tão nervosa.
— Se não publicarem o
meu livro e o do meu amigo aqui — disse apontando para Wesley — eu detono e
explodo todo mundo nessa joça! Ameaçou, gritando.
Com medo de ser
tratado como cúmplice, Wesley se explicou para a recepcionista.
— Olha, eu não tenho
nada a ver com esse louco, não, hein! Eu vou embora.
Wesley sentiu um cano
em sua cabeça. Era Edgar, que sacou um revólver que estava guardado em sua
pasta.
— Eu disse pra você
esperar!
O jovem rapaz, que não
era tão tímido quanto aparentava levantou os braços e implorou.
— Não faz nada comigo,
não. Cara. Eu tenho pais me esperando em casa.
— Eu também tenho.
Senta lá com as meninas.
Wesley foi de encontro
às meninas que choravam no sofá do canto da sala de espera. Já Edgar correu
para a bancada da recepção e, apontando o revólver para a recepcionista loura
mal-humorada, exigiu que ela desligasse a porta e a trancasse com a chave.
Luciana, a
recepcionista loura antipática, já tinha chamado a segurança através do alarme silencioso.
Em cinco minutos o andar já estava interditado e totalmente ocupado por
seguranças e policiais. O edifício também foi evacuado por motivo de ameaça
terrorista. O balcão de identificação dos ventos uivantes interrompeu o
serviço.
A imprensa já estava
no local. Anunciava como primeiras informações que um fundamentalista muçulmano
tinha invadido o moderno arranha-céu do centro da cidade e que estava com uma
bomba. Plantão ao vivo em todas as emissoras, mas Edgar ainda não tinha
aparecido na janela. E nem dava, pois o prédio era todo envidraçado, a editora
ficava em andar alto e ninguém iria escutar.
Antes de ouvir o ruído
dos helicópteros sobrevoando o prédio e observar a multidão pequena como uma
colônia de formigas que se aglomerava na frente do prédio e a bela paisagem da
baía de Guanabara, Afonso, o dono da editora e, naturalmente, o editor,
percebeu o burburinho em sua própria sala comercial.
Interrompeu a
entrevista que fazia com Luana, a morena avantajada, e saiu do seu escritório
repleto de livros, certificados e troféus. Foi ver o que acontecia na recepção
aos gritos, como um patrão que tenta botar ordem na casa.
— O que está
acontecendo aqui, hein? Quem é você?
— Eu sou o cara que
vai explodir todo mundo aqui nesse prédio se não publicar o livro que eu
escrevi! Respondeu Edgar, apontando o revólver para Afonso.
— Isso é impossível.
Não dá para publicar.
— É impossível para
escritores sem pistolão, sem Q.I.! Para os seus amigos tudo é possível! Eu só
libero vocês depois que o meu livro for editado, revisado e mandado para a
gráfica. Aliás, o meu e do meu amigo Wesley, que eu acabei de conhecer.
— Olha, eu não tenho a
nada ver com isso não, tá? Se justificou o amedrontado escritor negro.
— Ninguém te perguntou
nada. Gritou Edson.
— Está bem. Eu
publico. Venha a minha sala. Mas libera as reféns. A gente conversa depois.
— Você acha que eu sou
idiota? Eu libero todo mundo, a polícia invade o escritório, me prende e eu não
tenho o livro publicado. Eu sei que vou preso. Mas quero o meu livro publicado
e bem divulgado.
— Mas o revisor não
está aqui.
— Você não é editor,
escritor, faz tudo? Dono dessa merda aqui. Se vira!
— Mas o advogado da
editora não está aqui. Não dá para fazer o contrato. Também não dá para
registrar e catalogar agora. Leva dias para sair.
— Você não tem
contatos? Para os seus amigos sai rapidinho. E na emergência da situação
também. Se vira. Manda chamar. Liga pro advogado. Liga pro despachante. Mas
quero o meu livro e o do meu amigo nas livrarias amanhã.
Edgar ouve uma das
meninas reféns dizer — Esse homem é louco. Ele sequestrou todo mundo para
publicar o livro dele. Se dirigiu a ela, tomou o seu celular, desligou e
guardou na sua pasta.
— Depois eu devolvo.
Em seguida, apontou a
arma de volta para Afonso e exigiu que ele ligasse imediatamente para o
advogado e para o despachante. Entregou-lhe também um pen-drive com todos os
seus textos e o mandou usar o computador da recepção.
— A coletânea está em
CONTOS.EDGAR.DOC. Eu só trouxe o calhamaço para atender às exigências absurdas
de vocês. Você tem algum pendrive, Wesley?
— Não.
— Bem, então o seu
fica pra depois. Eu tentei ajudar. Agora você vai revisar só os meus contos.
Enquanto Afonso ligava
para o despachante, Edgar se virou para uma das moças, a ruiva, a pegou pelos
braços com o revólver apontado em seu pescoço e foi com ela até a porta de
vidro. Mandou-a pedir que a polícia não arrombe a porta e avisar que iria
liberar todos assim que o editor mandasse o seu livro para o parque gráfico.
Ainda reafirmou que iria detonar a bomba que carregava por baixo da camisa se
as exigências externas não fossem cumpridas. Ainda pediu uma pizza e
refrigerante para matar a fome dos reféns.
Cientes da motivação
inusitada do escritor, que estava tratando razoavelmente bem os reféns, a
polícia e a imprensa piedosamente atenderam às exigências.
Enquanto Afonso
revisava o texto, fazendo algumas correções, Edgar começou a desabafar para os
reféns, que comiam a pizza e o refrigerante, que fez tudo aquilo por desespero
pela situação econômica do pai, do medo da irmã ficar desempregada, da saúde da
mãe e da sua incapacidade psicológica para trabalhar. Contou a história do
boicote da editora que publicou o seu primeiro livro.
— Cansei de correr
atrás e morrer na praia. Cansei de ser enganado. Tive um conto plagiado por um
cara que pensava ser seu amigo. Cansei de ver a panelinha da zona sul e parentes
de gente famosa vencendo facilmente na vida, tendo os seus livros facilmente
publicados. Aliás, vocês moram onde? Podem falar, não precisam mentir.
Luana morava em Botafogo.
Afonso na Barra. Luciana na Gávea. A ruivinha no Jardim Botânico. A lourinha
gorda em Icaraí, Niterói. A morena magra também. Só Wesley que morava na
favela. Mas no Dona Marta, em Botafogo.
— Estão vendo! Moram
todos na região nobre da cidade. E do estado também. Até o Wesley, que mora na
favela.
— Você está
exagerando. Já publicamos livros de gente que nasceu em Bento Ribeiro. Até de
um índio que morava em uma comunidade ribeirinha. Respondeu Afonso.
— Essa gente que
nasceu em Bento Ribeiro já era famosa quando teve o livro publicado e livro de
índio todo intelectual gosta de ler. Enquanto eu, que moro no subúrbio, tenho
que atender às exigências esdrúxulas de originais impressos em espaço duplo,
fonte determinada, público-alvo do livro.
— É exatamente para
ninguém plagiar que exigimos tudo isso. A regra vale para todos. Disse Luciana,
pela primeira vez desde que virou refém, com carinho.
— Mentira! Essa
falácia é desculpa para não ler e privilegiar a panelinha. Eu tenho
dificuldades de me expressar. De definir exatamente o que eu quero. Me comunico
através dos meus contos. As pessoas, ao mesmo tempo que acham que eu não tenho
nada, que eu sou um oportunista, um preguiçoso, vagabundo, no fundo têm certeza
que eu tenho algum problema mental. Os psiquiatras não conseguem identificar.
Dizem que não é déficit de atenção, não é autismo, não é nada. Mas normal eu
não sou. Ele diz, já chorando. — Parece até que para ter um livro publicado é
preciso ser usuário de drogas, prostituta, ex-presidiário, deficiente ou mesmo
morrer.
Luciana teve vontade
de dizer que ele já era um deficiente mental e um sequestrador e mesmo assim
não teria o livro publicado. Mas apenas se limitou a dizer:
— Desculpe a
sinceridade, mas essa gente desperta mais interesse e vende mais.
— Aff! Cansei de ouvir
essas desculpas. Artista é muito arrogante. O Wesley aí foi vítima deles. Foi acusado
de perseguição por um cineasta babaca que não queria ver o roteiro dele. Depois
ficou dizendo que o roteiro não era o seu estilo. Ficou debochando. Mas aposto
que ia plagiar. Tenho certeza que existe uma máfia de plagiadores no mercado editorial.
Os atores que se lançam na literatura já têm um texto pronto, vindo dos
originais que os coitados aspirantes mandam sem ter retorno.
— Isso não é verdade.
Eles escrevem seus próprios textos e atendem as mesmas exigências para qualquer
um. Esclareceu Afonso.
— É sim! E é mentira
que essas regras são para todos. Agora cala a boca e continua a revisão. Senão,
não libero todo mundo tão cedo.
— Mas foi você quem
puxou assunto.
Após doze horas, o
livro ficou pronto. Afonso fez tudo: revisão, diagramação, textos de orelha e
capa. Foi mandado, pela internet, para a gráfica, que ficava no mesmo bairro de
subúrbio onde Edgar morava. Sabendo da informação, Edgar liberou todos.
O luxuoso escritório
ficou uma bagunça e fedendo com a urina da ruiva nervosa e os restos de pizza.
Edgar foi algemado na
saída, ainda no corredor do andar, para desespero e vergonha dos pais e da
irmã, que apareceram no prédio a partir da quarta hora do sequestro. A mãe
passou mal, mas sobreviveu.
A coletânea de contos
do Edgar foi realmente impressa. Mas não chegou a ser distribuída nas
livrarias. Não havia o código de barras e nem a catalogação. Afonso enganou
Edgar. E foram impressos apenas 100 exemplares, como teste.
Edgar foi
posteriormente internado no manicômio judiciário e renegado pelos pais, a irmã,
os parentes e a mídia.
Já o romance
ambientado na Unidade de Polícia Pacificadora de uma favela, que conta a
história de um amor impossível entre uma policial da Força de Segurança e um
traficante, escrito por Wesley, foi lançado no mês seguinte, catalogado,
registrado e codificado.
A noite de autógrafos
teve a presença da mídia, do editor Afonso, da recepcionista Luciana (que ficou
simpática e amiga do autor), das outras reféns feitas pelo ausente Edgar e dos
vizinhos do autor na favela. Fez o maior sucesso. O autor conquistou até o amor
da ruivinha, com quem se casou e teve um casal de gêmeos.
Com as vendas de Amor
na UPP, Wesley pagou um advogado para relaxar a prisão ou atenuar a pena de
Edgar e o contratou como seu assessor de imprensa. Ficou eternamente grato ao
novo amigo, apesar de ameaçado pelo seu revólver de brinquedo e o cinturão de cilindros
de papel.
Dois anos depois, com
o dinheiro economizado do salário, Edgar pagou uma outra editora para lançar o
seu primeiro romance, Publique Agora, sobre o sequestro que cometeu. A tiragem
foi pequena, o livro mal divulgado e não vendeu nada. Ele escrevia muito mal.
*
Jornalista e publicitário de formação e escritor de coração. Publicou o romance
“Notícias que Marcam” pela Giz Editorial (de São Paulo-SP) e a coletânea
“Indecisos - Entre outros contos”.
Bookess -
http://www.bookess.com/read/4103-indecisos-entre-outros-contos/ e
PerSe
-http://www.perse.com.br/novoprojetoperse/WF2_BookDetails.aspx?filesFolder=N1383616386310
Seu blog, “Tudo cultural” -
www.tudocultural.blogspot.com é bastante freqüentado por leitores
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