segunda-feira, 7 de março de 2016

Devorador de sonhos

* Por André Luís Aquino


Meu tempo era medido em anos
Agora é em segundos
Hoje uso teclas
Ao invés de tinta

Perdido nos labirintos do sentir
As palavras me repetem
Refletem-me
Devorando meus sonhos

Sangro em verbos
Transpiro dor
Como as lágrimas da poesia
Que transitam ao meu redor

Nestes versos
Não estou rindo
Não estou chorando
Estou apenas sendo
O que resta de mim

Às vezes digo mais
Sem as palavras
Do que com elas


* Poeta

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