segunda-feira, 2 de novembro de 2015

As cores do amor

* Por Carmo Vasconcelos


Rubro ou negro são as cores do amor
Quiçá cinzento se não retribuído
Porém tão quente mesmo que sofrido
Que o peito abrasa com o seu calor

E quando disfarçado doutra cor
Engana até o próprio ser que o sente
Como se ao toldá-lo de indiferente
Ultrapassasse o pesar da sua dor

Mas é dor colorida essa de amar
Aguardando sob o céu ou sobre o mar
Etérea fica, como que dormente...

Não é, portanto, uma mágoa pungente
É volúpia sentida em desvario
Que alenta e deixa a mente em rodopio


* Poetisa portuguesa

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