Dona Flor e seus dois maridos
*Por
José Calvino
O 15 de outubro é dia
consagrado à Santa Tereza d’Ávila e quando também se comemora o Dia do
Professor, data esta em que se homenageia os(as) responsáveis pelo
desenvolvimento da educação e do conhecimento no País.
Bem longe de querer
plagiar “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e fantasias juvenis à parte, lembro
agora que a professora Tereza (apelidada
de Loura), querendo comemorar esta data leu o referido romance (ela adora os
livros de Jorge Amado), deliciando-se com seu humor forte. Na ocasião, comentamos
sobre o personagem apelidado de Vadinho, um mulherengo igual a um nosso
conhecido. A professora Loura é casada com Jorge Amado (homenagem ao saudoso
escritor), motivo pelo qual gosta tanto de ler os romances que têm o nome de
seu marido. Lendo o escritor baiano os leitores irão sentir o calor da Bahia e
de nossa gente, simplesmente porque é apaixonante andar por Salvador e também
no Recife a “Veneza brasileira”. E, para homenagear o dia de hoje, busco aqui
produzir nos leitores as sensações da obra, nas figuras de Amado e Loura, que
possuem um carro branco, infalível dos dias de verão! Nunca me esquecerei de
relembrar os bons momentos que vivi com ambos, prestativos, delicados e
educados. Eles se sentem de bem com a vida e, mutuamente, se amam, e atenciosamente
ouvem minhas sugestões de amigo respaldados por outras suas amigas com as
quais, mais das vezes, passeamos pelo Recife Antigo, praias e Morros da capital
pernambucana.
- Oh!... Meu amigo é
simples, sem orgulho! – disse Loura
- Ele gosta demais dos
Morros... – disse uma das amigas
Encontrei-me com Loura
e Amado no “Cantinho do Carlinhos”, no interior, e me lembro bem de que só
havia três mesas inteiramente ocupadas. Ouvia-se Sérgio Bittencourt, na voz de
Nelson Gonçalves:
“NAQUELA MESA ELE
SENTAVA SEMPRE
E ME DIZIA SEMPRE O
QUE É VIVER MELHOR
NAQUELA MESA ELE
CONTAVA HISTÓRIAS
QUE HOJE NA MEMÓRIA EU
GUARDO E SEI DE COR
NAQUELA MESA ELE
JUNTAVA A GENTE
E CONTAVA CONTENTE O
QUE FEZ DE MANHÃ
E NOS SEUS OLHOS ERA
TANTO BRILHO...”
Então, me vieram
tantas lembranças dos amigos e amigas de outrora! Por que hei de fingir que não
me lembro? E nunca mais cheguei sequer a saber como vão os seus amores. Passo
bons momentos ouvindo músicas do meu tempo...
Finalizo, festejando
esta data com meus amigos e amigas professores e professoras
*Escritor,
poeta e teatrólogo pernambucano.Vejam e sigam Fiteiro Cultural: Um blog cheio
de observações e reminiscências – http://josecalvino.blogspot.com/
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