quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Sinais


* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral


A foto de um pequenino cuja vida foi roubada pela força das circunstâncias. Famílias impedidas de entrarem em outros territórios, rechaçadas com  uma truculência exacerbada.

O "trem"  que foi autorizado a passar por cima de um corpo. Um corpo que foi arrastado por uma viatura. O que me assombra nestes fatos?

Sabemos que tudo o que acontece está de acordo com as leis. Nada escapa aos olhos de Deus e embora nos pareça cruel pela nossa falta de entendimento, é justo. O que me assombra é a frieza do ser humano que, entre uma notícia ou outra,  se desvia levianamente. Afinal é do outro lado do mundo. Se a ONU nada faz, que poderíamos nós, simples mortais, fazermos?

Pelo menos uma prece. Não uma prece mecânica, ensaiada, decorada, fria. Uma prece de um coração aflito por apenas imaginar-se no lugar do outro.

 * Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário


Um comentário:

  1. A repórter Húngara derrubou um pai com uma criança no colo com uma rasteira. Bateu nele, e numa menina. Foi demitida, mas deveria ser presa. Qual mal estamos fazendo hoje para com os nossos semelhantes? Eu quero prestar, mas vejo atônita que eu não presto.

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