Pílulas literárias 211
* Por
Eduardo Oliveira Freire
NÁUFRAGOS
Todos achavam estranho
aquele homem barbado, bronzeado e cheio de areia sentado na calçada do Centro
da Cidade a pescar o nada. Nem imaginavam como esperava o resgate. Sentia-se
sozinho na ilha e completamente engolido pela imensidão do oceano.
***
MISTÉRIO
Ao crescer percebeu
que para viver e curtir as coisas que gostava precisava trabalhar. Então, fazia
o que tinha que fazer e nos tempos vagos escrevia suas histórias enigmáticas,
aproximando-se do mistério que o seguia desde a tenra idade. Quando a luz do
sol invadia a janela, iluminava a saída do labirinto. Mas, as sombras das
criaturas que habitavam o labirinto, refugiavam-se na memória e ele as
transformava em personagens livres para viver o mistério.
TODOS OS DIAS
Gosto de encontrar
belezas escondidas no cotidiano parece que descubro tesouros que deixarão minha
vida menos pobre. Belezas exuberantes como numa viagem são dadas para gente,
diferente das ocultas, as quais precisamos exercitar o nosso olhar todos os
dias e não deixando a apatia dominar nossa alma. Pois, viajar pode se fazer
todos os dias.
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Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante
a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
Náufragos é sensacional. Tão profundo quanto o oceano. Parabéns, Eduardo.
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