sábado, 11 de julho de 2015

Pílulas literárias 211

* Por Eduardo Oliveira Freire


NÁUFRAGOS

Todos achavam estranho aquele homem barbado, bronzeado e cheio de areia sentado na calçada do Centro da Cidade a pescar o nada. Nem imaginavam como esperava o resgate. Sentia-se sozinho na ilha e completamente engolido pela imensidão do oceano.

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MISTÉRIO

Ao crescer percebeu que para viver e curtir as coisas que gostava precisava trabalhar. Então, fazia o que tinha que fazer e nos tempos vagos escrevia suas histórias enigmáticas, aproximando-se do mistério que o seguia desde a tenra idade. Quando a luz do sol invadia a janela, iluminava a saída do labirinto. Mas, as sombras das criaturas que habitavam o labirinto, refugiavam-se na memória e ele as transformava em personagens livres para viver o mistério.

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TODOS OS DIAS

Gosto de encontrar belezas escondidas no cotidiano parece que descubro tesouros que deixarão minha vida menos pobre. Belezas exuberantes como numa viagem são dadas para gente, diferente das ocultas, as quais precisamos exercitar o nosso olhar todos os dias e não deixando a apatia dominar nossa alma. Pois, viajar pode se fazer todos os dias.

* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/



Um comentário:

  1. Náufragos é sensacional. Tão profundo quanto o oceano. Parabéns, Eduardo.

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