quinta-feira, 11 de junho de 2015

Os versos que te dei


* Por Samuel  C. da Costa


Os versos que...
Um dia te dediquei.
São as minhas negras linhas
Que em sangue esvaeceram-se...
Em páginas em branco!

 A mais pura arte...
O meu negro lamento
Por ti...

São os teus turbilhões
Quiméricos de sonhos
Que de repente se misturaram
Aos meus...

Os meus negros versos
Que um dia te dediquei
Sinto neles refletidos
As dores e desilusões...
Que não são meus
São teus!

São os teus sentimentos
Que perpassaram aos meus
É a tua negra dor
A tua negra cima
Misturada a minha

Ainda penso
Que os versos que te dediquei
São lamentos sagrados
De um amor profano
Um platônico amor!
Que nada espera...
Nada almeja

Um livre versejar
Que percorre o meu mundo quimérico...
De sonhos...

Ainda sinto que os versos
Que te dediquei
São lágrimas secretas
De um amor imortal

Os versos meus que criaram asas...
Abraçaram-te por completo
O corpo incorpóreo teu...
E voaram contigo pelo cosmo infindo
Para se perderem nos astros


* Poeta de Itajaí/SC

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