Concurso
* Por
Gustavo do Carmo
Limbo
O pai o obrigou a
estudar para um concurso público. Sem saída, suicidou-se. Foi parar no limbo e
precisou fazer uma prova para subir ao céu.
Testamento
Para a sua filha mais
velha deixou, em testamento, todos os seus bens. Para o filho caçula deixou uma
Folha Dirigida com uma lista de concursos abertos na véspera de sua morte.
Cauby
— Cantei! Cantei!
Cantei! Cantei como o Cauby Peixoto. Não ganhei o concurso de calouros.
Pavão
Enfeitou o pavão.
Ganhou o concurso de beleza animal.
Vontade
Fez concurso público
por livre e espontânea vontade. Do seu pai.
Feias
— As feias que me
perdoem, mas beleza é fundamental. Então, estão desclassificadas do concurso de
beleza.
*
Jornalista e publicitário de formação e escritor de coração. Publicou o romance
“Notícias que Marcam” pela Giz Editorial (de São Paulo-SP) e a coletânea
“Indecisos - Entre outros contos”.
Seu blog, “Tudo cultural” - www.tudocultural.blogspot.com é bastante freqüentado por
leitores
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