quarta-feira, 1 de abril de 2015

Siana


* Por Núbia Araújo Nonato do Amaral


Siana era uma fada
lá do murundu,
com ela não tinha
febre que não
cessasse, dor que
não passasse
nem doença que
não se curasse.
Siana curava dor
até de amor!
Amor de desalinho
sem compostura
amor descabelado
sem alinhavo, amor
de amarguras.
Paixonite aguda
febre terçã, afazia,
má digestão.
Siana só tropeçava
era na tal da morte,
com ela não tinha jeito,
com ela não tinha sorte.
Nessas horas Siana
se recolhia e por respeito
á lei apenas chorava
e se despedia.

 * Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário


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