Escuro
* Por
Eduardo Oliveira Freire
De repente, a luz
ilumina algo. Meu cérebro processa a informação que o objeto é uma jovem
desnuda que declama poesias.
Estou sentado numa
poltrona em frente ao palco. Logo, estou num teatro. Como fui parar ali? Ao
lado, outras pessoas estão assustadas e pergunto a elas o que está acontecendo.
Ninguém sabe.
Minha última lembrança
é estar bebendo um café em um bar. A jovem nua levanta e nos manda calar a
boca, fala da importância de aprender a ouvir o que o outro tem a dizer.
Um homem aparece e
eles começam a dançar. Uma voz ecoa no teatro, parece ler um monólogo. O pensamento
de que fui sequestrado começa a martelar minha cabeça.
O espetáculo continua.
Agora, é o casal que recita versos. No fundo do palco, luzes aparecem. Vibram e
mudam de cores de acordo com o ritmo com que as palavras são pronunciadas.
Inesperadamente, a
cortina cai e o teatro é iluminado. Esperamos por algum tempo e vamos todos
embora.
*
Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante
a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário