Aquela luz
* Por
Ana Deliberador
Meia Branca, o velho
cavalo, estava outra vez na estrada. Para enfrentar aquela lama toda, só aquele
bravo, mesmo.
José fora a
Sertanópolis resolver alguns negócios e estava voltando, já tarde da noite.
Noite de pouca luz, já que a lua minguante se escondia atrás das pesadas
nuvens.
De repente, no meio da
estrada, uma luz intensa, giratória, o
obrigou a puxar as rédeas do assustado animal, que só não caiu porque foi
seguro pelo barranco.
E ali ficaram ambos,
não se sabe por quanto tempo. José e a luz. A luz e José.
E, como que acordando
de um sonho, José viu-se novamente sozinho na estrada escura.
Assustado estava.
Assustado chegou em casa.
Não era louco. Não era
mentiroso.
Ele certamente vira
um…! Certamente vira!
Além de Anita, nunca,
ninguém, o ouviu falar sobre aquela luz!
* Professora, pintora e escritora
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