Diana
* Por
Eduardo Oliveira Freire
Estavam exaustos de
tanto se amar e felizes por não precisarem se esconder. Diana resolveu deixá-los
em paz e assinar o divórcio. Lauro apareceu na casa de Amanda com o vinho.
No breu do quarto uma
fresta de luz surgiu. Os amantes acordaram e uma flecha foi lançada no peito do
homem. Amanda gritou e ficou perplexa ao reconhecer o rosto da assassina.
***
Quando Diana estava
enfurecida, gostava de produzir à exaustão. Um dia, moldou uma estátua, que era
a sua imagem e foi dormir exaurida sem perceber o que fizera; ao amanhecer, a
estátua não estava no ateliê. Diana considerou que foi delírio e resolveu
preparar um café da manhã daqueles. Pela primeira vez, sentiu-se tão bem...
Parecia que a dor da separação havia desaparecido do nada. Não sentia mais nada
por Lauro, só vazio. Achou estranho, ela sentia tanta falta daquele homem,
principalmente, quando a possuía. Mas, decidiu não pensar muito, resolveu
seguir em frente. Ligaria para Paulo, estava pronta para recomeçar.
***
No restaurante com
Paulo, Diana foi abordada pela polícia. Era suspeita de assassinato de Lauro.
Com o tempo, provou sua inocência. As câmeras do apartamento de Amanda não
registraram sua presença. Porém, se não foi Diana, quem foi?
Diana lembrou-se da
estátua que tinha feito, depois de uma noite de fúria. Relatou à polícia e o
inacreditável esvaziamento que sentira no dia seguinte.
Claro que todos
acharam bobagem e o caso não teve solução. Amanda continuava a acusar Diana,
mas ninguém dava ouvido.
No enterro, Amanda viu
Diana e elas se entreolharam. Quando, todos se despediam de Lauro, elas viram
uma mulher de arco e flecha, escondida na árvore. Diana assustou-se ao ver como
eram parecidas. Amanda presenciou tudo e a verdade se revelou para ela, também.
*
Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante
a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
Era e não era. Apenas a sua imagem e semelhança. Álibi.
ResponderExcluir