Saint
Exupéry. Aviador por profissão, escritor por vocação (e devoção)
* Por
Emanuel Medeiros Vieira
Antoine de Saint
Exupéry (1900-1944) deve estar no vasto Mediterrâneo. Nunca acharam o corpo
deste aviador por profissão e escritor por vocação (e devoção).
Não importa. Ele é do
mar e de todos nós.
O grande Antoine um
dia desceu na nossa ilha, no Campeche (felizmente, antes de sua favelização).
Não, não é, como
muitos pensam, um escritor das misses que, com suas curtas massas encefálicas,
nunca o entenderam. É maior. Leiam só o final de “Terra dos Homens”, na
tradução de Braga.
Traduzi trechos do
livro de Saint Éxupery.
Mas a versão do maior
cronista brasileiro de todos os tempos é perfeita.
Leiam: “O que me
atormenta, as sopas populares não remedeiam. O que me atormenta não são essas
faces escavadas nem essas feiúras. É Mozart assassinado, um pouco, em cada um
desses homens.
Só o Espírito,
soprando sobre a argila, pode criar o homem”.
* Romancista, contista, novelista e
poeta catarinense, residente em Brasília, autor de livros como “Olhos azuis –
ao sul do efêmero”, “Cerrado desterro”, “Meus mortos caminham comigo nos
domingos de verão”, “Metônia” e “O homem que não amava simpósios”, entre
outros.
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