Canção de divórcio de Oscar Wilde
* Por
Talis Andrade
Todas manhãs
a mesma mulher
a mesma cara lavada
Todos os dias
a mesma rotina
o corpo navegando
a rota traçada
o corpo navegando
águas tranqüilas
Todas as noites
a mesma mulher
deitada na cama
o corpo exposto
o corpo descomposto
o corpo parecendo
insossa carne
de carneiro fria
Todas as noites
essa acedia
- O jantar
é servido
* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel
em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a
sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife),
“Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados,
entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).
O mesmo menu por décadas.
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