Salada psicológica
* Por Sayonara Lino
Pegue amor, ódio, saudade,
rejeição, tristeza, carência, medo, ansiedade, humilhação, furor, desespero.
Junte tudo, pique de acordo com sua preferência, adicione um pouquinho de
destempero, carregue a vasilha e avise: aqui tem de tudo, está farto, é um
velho prato: salada psicológica.
Duvido que haja alguém que nunca
tenha experimentado algo aparentemente simples mas tão incrementado. Basta
nascer para provar. Difícil passar a vida sem sentir o que aperta o estômago e
chacoalha a cabeça, que faz com que pensem em alguns momentos que você adoeceu,
pirou, bateu o pino. Não, nada disso.
São e salvo, meu amigo, você
apenas comeu um pouco demais, foi com tanta vontade que sofreu indigestão.
Resultado: um misto de gastrite e surto temporário, mas se a saúde é de ferro e
ainda existe bondade, confie, há chance.
As más línguas irão sugerir
endoscopia junto com camisa de força. Se estiver empenhado em recuperar-se,
questione, conte que foi só um excesso gastronômico e emocional, está doendo da
cabeça ao dedão do pé, daqui a pouco você estará renovado, pronto para outra,
sem definhar nem expelir as toxinas em público.
* Jornalista, com especialização em Estudos Literários
pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente finaliza nova
especialização em Televisão, Cinema e Mídias Digitais, pela mesma instituição.
Diretora de Jornalismo e redatora da Revista Mista, que é distribuída
em Governador
Valadares , Ipatinga e Juiz de Fora, MG e colunista do portal www.ubaweb.com/revista.
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