Imitação de vida
* Por Alberto Cohen
Quem
prendeu os meus sonhos em coleiras,
como se fossem cães domesticados
que não pudessem nunca mais ser livres
e uivar para o céu na lua cheia?
como se fossem cães domesticados
que não pudessem nunca mais ser livres
e uivar para o céu na lua cheia?
Quem
brincou de perder a ingenuidade
para depois buscá-la, inutilmente,
num olhar, num sorriso de criança,
num ato de bondade inexistente?
para depois buscá-la, inutilmente,
num olhar, num sorriso de criança,
num ato de bondade inexistente?
Quem fez
de mim esta entidade à toa
que sufoca gemidos com poemas,
na ilusão de alcançar, tropegamente,
minha alma ferida que inda voa?
que sufoca gemidos com poemas,
na ilusão de alcançar, tropegamente,
minha alma ferida que inda voa?
*
Poeta e escritor paraense
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