Feitio de oração
* Por Pedro J. Bondaczuk
Senhora dos meus sentimentos
e atos,
frescor de primaveril
alvorada,
puríssimo e cálido raio de
sol,
moto-perpétuo de alegrias e
paz.
Você, alma da minha alma,
doce amada,
congelada num segmento do
tempo,
escondida entre arbustos e
roseiras
do áureo jardim encantado dos
desejos.
Você, incorpórea, mas
onipresente, figura,
bela, jovem e desejável, como
antes,
incorruptível, sublime e
imune ao tempo,
senhora dos meus sentimentos
e atos.
Loira fada, generosa e benfazeja,
esplendor invisível a olhos
profanos,
guia, inspiração e infalível
consolo:
vejo-a, sinto-a, louvo-a, dia
após dia,
embevecido, contrito, em
feitio de oração.
* Jornalista,
radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual
Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do
Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe,
ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova
utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance
Fatal” (contos) e “Cronos & Narciso” (crônicas). Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
Sendo primaveril não deve ser de hoje, mas do começo desse amor tão bonito. Aliás, quem pode achar amor feio? Pode até se tornar, quando não correspondido e que se torne obsessão, mas no caso é um lindo amor.
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