À flor da pele
* Por
Eduardo Oliveira Freire
Frida cansada de ficar
à espera de um príncipe encantado, resolveu fechar a janela e sair do quarto.
Começou a procurar um
trabalho e a estudar. Encontrou um cara legal, mas que estava mais para sapo do
que príncipe. Só que Frida aprendeu amá-lo.
Casaram-se e ele a
incentivou a escrever suas histórias sobre jovens tímidas, que encontravam
príncipes encantados, os quais as enchiam de joias e preenchiam todos os vazios
de suas respectivas existências. Tornou-se uma famosa escritora de romances de
sentimentos à flor da pele.
Apesar de continuar a
fantasia do amante perfeito, amava o marido que sempre estava ao seu lado,
mesmo quando bebia cerveja e assistia ao futebol na tevê, ou, roncava em plena
madrugada.
Descobriu não ser necessário realizar certos
desejos, que podiam permanecer imersos nos sonhos, inclusive, seriam perfeitos
oásis quando o dia a dia se tornasse chato.
* Formado em Ciências Sociais, especialização
em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
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