sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Remexendo no passado até feder

* Por Eduardo Oliveira Freire

- Mãe, por que em 1978, você me teve em outra maternidade, enquanto teve os meus irmãos no mesmo hospital? Sinto-me excluído.

- Pai, em 1982, você me deu um tapinha na bunda e me chamou de pentelho? Fiquei arrasado!!! Até hoje me dá vontade de chorar.

- Oi, Candace, sabe quando estávamos no maternal (Ops!! Erro de cálculos... Jardim) em 1983 e você me empurrou para dar um beijo na professora? Pois é, você me sabotou, Candance. Por que fez isso, Candance? Era eu que deveria beijar a professora primeiro, Candance.

- Jurandir, sabe aquela vez, na primeira série em 1987 ( Ops!! Erro de cálculos... Na verdade segunda série primária), você me deu um soco na barriga? Doeu muito, a minha vontade é revidar neste momento. Mas, apesar de tudo, considero você como amigo.

- Flávio, por que você roubou minha primeira paquera em 1995?  Foi traíra, cara. Eu gostava daquela mina. Você a roubou de mim e depois a largou. Fiquei muito triste.

- Laura, sabe aquele verão de 2004 em que convidou todo mundo para sua casa de praia e não me chamou.  Por que fez isso comigo?  Sempre fui um amigo fiel.

- Cláudio, sabe quando bebeu no inverno de 2012 e me disse que eu era rancoroso? Não entendi o motivo. Falou de uma maneira tão acusadora...

- Olá, Roberto. Bem, não me conhece nesta vida, mas em uma vida passada. Por que me envenenou em outra época, por volta de 1713? Só por que era um rei e você um servo invejoso? Tudo bem que nessa vida, você pode ser bom, porém, me sacaneou na minha vida passada. Acha isso justo?

* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/

Um comentário:

  1. Coisas aparentemente pequenas, mas que, em certa idade, leia-se adolescência, tornam-se imensas e inesquecíveis.

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