A ceia
* Por
Antonio Sarmiento
A noite é agradável
para
prostrar-se na relva,
e logo
deitar-se com as estrelas
sobre um
leito seco de folhas da cerca.
Eleanor
estende os braços na terra úmida,
quisera ser
fruta ou rocha ávida
saturá-las.
De cócoras
Ruth solta os
cabelos
frente ao rio
e ahhh perdeu
o apetite;
(as formigas
se aquecem à sombra
de seus
glúteos torrenciais)
de soslaio
Eleanor mira as formigas
e se excita
barbaramente,
os pelos
crispam
e exala um
débil queixume
te amo, te
amo.
Sem sabê-lo
o rio
satiriza a face do céu, ali
lia zig zag e
excremento nas almas,
um molusco
emaranhado na lua,
e as estrelas
são frituras
e há leite derramado nos seios,
pequenos de
uma virgem compungida.
A ceia está
servida.
* Poeta
peruano
Nenhum comentário:
Postar um comentário