Madrugada adentro
* Por
Eduardo Oliveira Freire
Lá estava a casa de praia com suas lembranças doloridas e
prazerosas...
Marisa abriu a porta e recordou do primeiro amor, o primo
Lauro. Beijavam-se em todos os recantos da casa antiga. Nunca transaram, só
carícias. Um dia, desapareceu no mar.
Na alta madrugada, Marisa percebeu a porta abrir. O primo
apareceu, continuava jovem e ela se abriu para senti-lo novamente.
Ao amanhecer, Marisa desconfiava do sonho, parecia ser tão
real.
Viu as marcas espalhadas pelo corpo e em lugares que não
conseguiria sozinha. Mas, sentiu-se bem, de alguma forma se despediu de um
jeito especial do primeiro amor. De repente, lembrou-se de um sonho que o rapaz
contou para ela.
Lauro desceu a escada e encontrou Marisa tomando café.
Ansioso disse:
- Tive um sonho com você, era mais velha e fizemos amor
madrugada adentro.
* Formado em Ciências Sociais, especialização
em Jornalismo cultural e aspirante a escritor
Que louco! Um sonho dentro de outro sonho. Amedronta e desperta.
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