segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Nanã

* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral

Sentada no tamborete,
Nanã espia a vida,
corre os olhos no quintal,
suspira, resignada,
de rabo de olho,
olha pra lua,
sorri de lado,
não se seduz mais.

As poesias
no papel amarelado
se misturam
às receitas de melado.

Nanã tem pequenos trunfos,
mas estes
guarda-os
no coração.

Nanã não confia
Em gente.

 * Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário


Um comentário:

  1. Nanã é um mistério, este poema e sua autora também. Manter uma boa reserva de mercado não é ruim.

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