Gavetas sem chaves
* Por
Alberto Cohen
Os segredos que moram nas gavetas
embaralhados com contas não pagas,
gerenciam um tempo de inverdades
e de futuros nunca visitados.
Pedaços de papéis, velhos guardados,
inúteis talismãs do “era uma vez”,
desprendem um odor de coisa antiga
que será sempre não, jamais talvez.
Chave perdida de uma fechadura
que não se abre de medo e vergonha
daquilo tudo que já foi promessa,
sonhos enormes que hoje ninguém sonha.
A vida fictícia faz de conta
que ainda habita o fundo das gavetas
que não se abrem, pois guardam pedaços,
quebra-cabeças que não têm remonta.
embaralhados com contas não pagas,
gerenciam um tempo de inverdades
e de futuros nunca visitados.
Pedaços de papéis, velhos guardados,
inúteis talismãs do “era uma vez”,
desprendem um odor de coisa antiga
que será sempre não, jamais talvez.
Chave perdida de uma fechadura
que não se abre de medo e vergonha
daquilo tudo que já foi promessa,
sonhos enormes que hoje ninguém sonha.
A vida fictícia faz de conta
que ainda habita o fundo das gavetas
que não se abrem, pois guardam pedaços,
quebra-cabeças que não têm remonta.
*
Poeta e escritor paraense
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