Realidade
* Por
Celeste Fontana
(Ao povo brasileiro, trabalhador incansável)
Gente que
fere, faz e fica
e finca a voz no desabafo da rua
registra a dor
na comunicação dos olhos
mastiga a mágoa em noites vazias
e implora ao céu
um pedaço de sol
Gente que sufoca o drama
ama a lascívia
e devora noites...
arranca a vida
na morte de outro dia
funde a fome no fogo e no ferro
e cospe a tristeza
em qualquer átomo de alegria
Gente que afoga o soluço
em um aperto de mão
e reclama outra mão
que amanheça a primeira manhã
procura no agora
a composição do depois
em cálida visão de cores
sem cores de solidão
Gente daqui
amantes de estrelas
e volúpias de flores
gente de fora
gente de dentro
de incesto e incerto
gente da terra
gente da lua
gente da rua
gente da gente
que define o indefinível de gente...
e finca a voz no desabafo da rua
registra a dor
na comunicação dos olhos
mastiga a mágoa em noites vazias
e implora ao céu
um pedaço de sol
Gente que sufoca o drama
ama a lascívia
e devora noites...
arranca a vida
na morte de outro dia
funde a fome no fogo e no ferro
e cospe a tristeza
em qualquer átomo de alegria
Gente que afoga o soluço
em um aperto de mão
e reclama outra mão
que amanheça a primeira manhã
procura no agora
a composição do depois
em cálida visão de cores
sem cores de solidão
Gente daqui
amantes de estrelas
e volúpias de flores
gente de fora
gente de dentro
de incesto e incerto
gente da terra
gente da lua
gente da rua
gente da gente
que define o indefinível de gente...
*
Poetisa
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