sexta-feira, 12 de abril de 2013


O rasgar da Aurora

* Por Verônica Aroucha

Rasgou minhas carnes
Dia de Lua
Sabor de mel
Penetrou na minha alma
E o cobri de fitas:
Eram palmeiras
valsa no ar
Mas,
Era mudo
E o vento nem sequer
cantava
Era cego
De cegueira visceral
Quando todos os órgãos
Se consomem
Impalpáveis
Áridos nós somos
E o Mundo.

* Poetisa

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