* Por Lêda Selma
Há um poço de fundura íngreme,
um abismo em teu olhar.
Um vazio metálico, punhais
e um medo mais profundo ainda.
Rios escondem luares
e ruínas de noites, em teu olhar;
e meu olhar penetra a solidão
que neles busca sossego.
Um jeito triste de névoa
e turbulências de dores
desamparam teu olhar,
que não sobrevive ao meu.
Há um poço de fundura íngreme,
pedras de corte,
farpas e chispas, em teu olhar.
E um abismo entre nós.
• Poetisa e cronista, licenciada em Letras Vernáculas, imortal da Academia Goiana de Letras, baiana de Urandi, autora de “Das sendas travessia”, “Erro Médico”, “A dor da gente”, “Pois é filho”, “Fuligens do sonho”, “Migrações das Horas”, “Nem te conto”, “À deriva” e “Hum sei não!”, entre outros.
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