segunda-feira, 3 de outubro de 2011







Pequenas doses

* Por Núbia Araújo Nonato do Amaral

Senti teu abraço mais frouxo
e um meio sorriso quase
invisível.
Teus lábios não colam mais
nos meus e nem te arrepias.
Sais de mim como se o
relógio te acusasse.
Ouço dizer-me "Eu te amo"
como um anúncio
de novelas.
Ainda estremeço quando surges
na porta e desfaço-me por
entre as pernas.
Toco teu corpo morno salivando
de desejo.
Estende-te nu diante de meus
olhos sem uma única palavra.
Bebo de ti pequenos goles e
farto-me das tuas migalhas
enquanto o eco de meu nome
se esvai pelas frestas.

* Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário

4 comentários:

  1. Tão bom que dá vontade de entrar no seu poema e viver essas emoções e sensações todas. Parabéns!

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  2. Obrigada Mara sempre tão gentil comigo.
    Abraços

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  3. Se Vc tivesse conhecimento do meu último relacionamento, diria que retratou com perfeição o que vivi. Como pode?
    Abraços!

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  4. Abração Marleuza e obrigada por
    comentar.

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