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Fui absolvido
* Por Eduardo Oliveira Freire
* Por Eduardo Oliveira Freire
Um dia, vi um desenho da minha sobrinha Camila; era uma árvore, que ao invés de ter folhas e maçãs, havia uma enorme mão verde. Senti inveja, nunca imaginaria desenhar algo assim.
De repente, escuto alguém dizer:
– Que vergonha, como pode invejar uma criança – era o tronco da árvore, que estava me condenando. A mão verde saiu do papel, trazendo-me para o desenho.
Não sabia o que dizer, estava com medo e com vergonha. Disse:
– É que eu queria criar coisas bonitas e originais. Gostaria de ter a sensibilidade de uma criança.
– Não convenceu. Como castigo, nunca mais terá imaginação.
– Tenha clemência, por favor!
– Então tá, mas terá que passar por num desafio.
– Qual?
– Terá que escrever uma história.
– Não consigo.
– Tente.
– Você vai me dar lápis.
– Não, é só pensar que as palavras irão aparecer.
Não tinha jeito, viajei aos lugares remotos de minha consciência. Queria recordar de algumas histórias que fiz, porém o nada reinava.
Decidi mudar de tática, pensei no agora. Frases soltas, imagens sem sentido e a vontade de fazer uma boa história começaram a se aglomerar, tornando-se num mosaico.
* Eduardo Oliveira Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, está cursando Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor
De repente, escuto alguém dizer:
– Que vergonha, como pode invejar uma criança – era o tronco da árvore, que estava me condenando. A mão verde saiu do papel, trazendo-me para o desenho.
Não sabia o que dizer, estava com medo e com vergonha. Disse:
– É que eu queria criar coisas bonitas e originais. Gostaria de ter a sensibilidade de uma criança.
– Não convenceu. Como castigo, nunca mais terá imaginação.
– Tenha clemência, por favor!
– Então tá, mas terá que passar por num desafio.
– Qual?
– Terá que escrever uma história.
– Não consigo.
– Tente.
– Você vai me dar lápis.
– Não, é só pensar que as palavras irão aparecer.
Não tinha jeito, viajei aos lugares remotos de minha consciência. Queria recordar de algumas histórias que fiz, porém o nada reinava.
Decidi mudar de tática, pensei no agora. Frases soltas, imagens sem sentido e a vontade de fazer uma boa história começaram a se aglomerar, tornando-se num mosaico.
* Eduardo Oliveira Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, está cursando Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor
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