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Parceria
* Por Flora Figueiredo
Ficamos assim:
você joga as queixas no telhado,
eu ponho as manias de lado,
você lava a escadaria,
eu rego o jardim.
Podemos varrer juntos
as nódoas secas aderentes ao passado.
Se você se habilita,
eu me disponho,
num desafio à desdita.
Você acende a luz,
eu desempeno o sonho,
enquanto você ensaia o passo,
eu troco a fita.
Na mesa torta, a toalha colorida.
O resto é fácil:
basta mandar flores ao futuro,
derrubar o muro e acreditar na vida.
* Poetisa, cronista e tradutora, autora de “O trem que4 traz a noite”, “Chão de vento”, “Calçada de verão”, “Limão Rosa”, “Amor a céu aberto” e “Florescência”; rima, ritmo e bom-humor são características da sua poesia. Deixa evidente sua intimidade com o mundo, abraçando o cotidiano com vitalidade e graça - às vezes romântica, às vezes irreverente e turbulenta. Sempre dentro de uma linguagem concisa e simples, plena de sutileza verbal, seus poemas são como um mergulho profundo nas águas da vida.
Ficamos assim:
você joga as queixas no telhado,
eu ponho as manias de lado,
você lava a escadaria,
eu rego o jardim.
Podemos varrer juntos
as nódoas secas aderentes ao passado.
Se você se habilita,
eu me disponho,
num desafio à desdita.
Você acende a luz,
eu desempeno o sonho,
enquanto você ensaia o passo,
eu troco a fita.
Na mesa torta, a toalha colorida.
O resto é fácil:
basta mandar flores ao futuro,
derrubar o muro e acreditar na vida.
* Poetisa, cronista e tradutora, autora de “O trem que4 traz a noite”, “Chão de vento”, “Calçada de verão”, “Limão Rosa”, “Amor a céu aberto” e “Florescência”; rima, ritmo e bom-humor são características da sua poesia. Deixa evidente sua intimidade com o mundo, abraçando o cotidiano com vitalidade e graça - às vezes romântica, às vezes irreverente e turbulenta. Sempre dentro de uma linguagem concisa e simples, plena de sutileza verbal, seus poemas são como um mergulho profundo nas águas da vida.
Que linda poesia!
ResponderExcluirBeijos